Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

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- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



quarta-feira, 31 de março de 2010

Especial da Semana Santa - Liturgia Diária da Quarta-Feira Santa... Continuaremos postando a Liturgia Diária juntamente com mensagens explicativas dos dias: "Quinta, Sexta, Sábado e Domingo da Ressurreição. Em seguida teremos as explicações dos símbolos da Páscoa! Até lá, turma amiga! (Lusmar Paz)


ESPECIAL 

"SEMANA SANTA"



 
A paixão de Jesus por nós! 

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DIA 29QUARTA-FEIRA SANTA


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  Pesquisas: 

Apostila - Como entender, preparar e vivenciar os Atos Litúrgicos da Semana Santa, 2007, Lusmar Paz; 

Livro - Semana Santa - Anos A,B,C, 1988,Paulus; 

Livreto - Liturgia Diária, 2010, Paulus.

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Alberto Lourenço é o mais novo seguidor deste blog .
Seja muito bem-vindo meu irmão, à família do blog lusmarpazleite.

Deus lhe abençoe!!!


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A semana Santa 

é o ponto alto do Ano Litúrgico. 
Vamos vivê-la com intensidade!!!
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A Paixão de Jesus por nós
A liturgia da Semana Santa ajuda-nos a permitir que Jesus entre em nossas vidas. Ele mesmo diz: “Estou à porta e bato. Se alguém me abrir à porta, entrarei e permanecerei com ele e cearemos juntos”. (Ap3,20) Permanecer com ele é deixar-se mergulhar em sua paixão.
- Apaixonar-se é amar até os extremos da “loucura”. Jesus viveu uma imensa paixão por cada ser humano e por cada criatura. Nosso “Irmão mais velho”, o Filho Único de Deus, nos amou até a loucura da morte na cruz. A palavra “paixão” vem da língua grega, na qual se diz patsein, que significa “sofrer” (cf. Lc 24,26). Na aus~encia do ser amado, o amor é sofrimento. O amor de Jesus por nós e seu desejo de nos ter consigo o levou até a entrega da vida no suplício moas terrível e humilhante que um ser humano poderia enfrentar.
Ao abrir os braços na cruz, o Irmão Primogênito se fez Mestre do Amor, como Ele mesmo dissera, pouco antes, aos discípulos: “Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13)
Na Semana Santa, acompanhamos o Mestre no amor-sofrimento e aprendemos dele a confiar em Deus, que transforma a morte em ressurreição.


Dia 31 de Março



QUARTA-FEIRA SANTA





Quarta-feira: Dinheiro e poder: os critérios da negociação
Em plena Semana Santa, o Evangelho insiste em mostrar a presença e a ação do dinheiro na história da Paixão de Cristo.
Nesta quarta-feira Mateus nos conta que Judas foi negociar com os sumos sacerdotes. A traição ficou cotada em trinta moedas. Acertaram-se no preço, na quantia de dinheiro. Mas com isto o Justo ficou sacrificado. Fizeram acordo. Entenderam-se a respeito do valor monetário. Mas esqueceram o valor da vida, que não tem preço. E assim o Cristo foi condenado a morrer.
Diante dessa história do Evangelho, podemos situar melhor o problema dos acordos financeiros.
Entre nós se discute tanto, e com razão, os termos dos acordos que regem hoje as relações financeiras no mundo globalizado. Até os pobres falam no FMI. No Brasil foi feito o Plebiscito sobre a Dívida Externa, e a primeira pergunta dizia respeito, exatamente aos “acordos com o FMI”. Mesmo sem conhecer os termos exatos destes acordos, o povo intui que eles se revestem de uma perversidade que não pode ser aceita.
É que os acordos não podem se limitar a reger relações financeiras. Eles precisam estar relacionados com a vida do povo. Caso contrário, correm o risco de serem injustos, e de colocarem em risco a sobrevivência dos pobres.
Sem a vinculação ética que a deve reger, a economia perde sentido, e se torna instrumento para condenar à morte a multidão dos excluídos.
O dinheiro por pouco que seja, dá um poder de negociação. Com uma pobre bolsa na mão, Judas se transformou em negociador diante do sistema do poder estabelecido. E foi capaz de provocar uma grande injustiça.
Usar corretamente o poder de negociação que nosso dinheiro nos proporciona, é um sério dever ético, para todos, em nosso tempo. Pois está em causa a vida das pessoas, sobretudo dos indefesos.
Dom Demétrio Valentim – Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira.
Fonte de Pesquisa Blog www.blogalcantaras.com.br
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Liturgia Diária - Missa - Quarta-feira Santa

Comentário Inicial: A liberdade é um dom de Deus, mas 

desfrutá-la de maneira imprudente pode ter sérias consequências.

Devemos, assm como Jesus, deixar-nos guiar pelo livre e 

irrevogável sim à vontade do Pai.


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Primeira leitura (Isaías 50,4-9a)


Leitura do Livro do Profeta Isaías.

4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo.
5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 
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Salmo (Salmos 68)


— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

— Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
— O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
— Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
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Evangelho (Mateus 26,14-25)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.

17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.

19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”

23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
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 Explicação do Evangelho desta Quarta-feira Santa
Padre Pacheco - Canção Nova
Na Ceia Evangélica de hoje, à medida que nos aproximamos da  Paixão de Jesus vai sobressaindo a sinistra figura do homem que será útil aos planos homicidas dos judeus: Judas Iscariotes. Tudo acontece num clima de amizade traída e no contexto da Ceia Pascal de Jesus com os Seus discípulos, isto é, na primeira Eucaristia da história.

As autoridades judaicas, depois de decidirem a morte de Cristo, deram ordem para que quem conhecesse o  paradeiro do Senhor as informasse. Pois bem, Judas presta-se a isso e, junto dos sumos sacerdotes, avalia a vida de Jesus em trinta moedas de prata. É o preço de um escravo (cf. Ex 21,32). A sua incontrolada avareza conduz Judas a um final deplorável. Durante a Santa Ceia, Jesus desmascara as secretas intenções do traidor, porque Ele, como Senhor da vida e da morte, é quem dispõe da  Sua própria “hora”.

Mas contudo, ensaia uma última oferta de amizade para a conversão de Judas. Os discípulos, consternados pelo anúncio do Mestre: “Um de vós me vai entregar”, perguntam uns para os outros: “Sou eu porventura, Senhor”? Também Judas fez a mesma pergunta; e a resposta de Jesus foi afirmativa, tentando até o último minuto recuperar o discípulo extraviado. Mas o traidor não voltou atrás.

Em seguida, o pão e o vinho – sinal já do amor criador de Deus e da vida que d’Ele emana  por inetrmédio de Cristo – passam de mão em mão, significando o propósito de Jesus de partilhar com os Seus, e estes entre si, a vida que Ele vive com Deus Pai. Isso significa comungar eucaristicamente: integração do homem pecador na vida de Deus mediante o Corpo e o Sangue imolados de Cristo; não em privado, mas em comunhão com os irmãos. Foi dessa “comunhão” que se autoexcluiu Judas por sua conta, participasse fisicamente ou não da Eucaristia.

O ato da traição de Judas é sempre impressionante, como deve ter sido especialmente para os seus companheiros, os apóstolos, por ter lugar precisamente no círculo mais íntimo e próximo do Senhor. Exemplo arrepiante que nos revela a profundidade do coração humano, capaz do mais nobre: o amor e a amizade; e também do mais vil: o ódio e a traição. Tudo isso fruto da liberdade do homem, que Deus respeita profundamente.

Se Deus aceita o homem e a mulher tal como são e confia neles, inclusivamente num traidor, como o fez Cristo, devemos aprender nós a lição: aceitar como irmão todo homem e mulher, por mais indignos que nos pareçam. A regeneração é sempre possível, porque a graça de Deus é mais forte que a miséria humana.
Esta Quarta-feira Santa convida-nos para a revisão de vida pessoal e comunitária sobre a nossa resposta a um amor imenso, que nos precedeu, o de Deus, visível em Cristo. Os santos viveram tão intensamente a profundidade deste amor abismando-se nele. Como São Francisco de Assis que percorria montes e descampados repetindo como que fora de si: “O Amor não é amado; o Amor não é amado”.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

Papa ensina o significado

das celebrações da 

 Semana Santa

Leonardo Meira
Da Redação


AP
Bento XVI saúda os milhares de peregrino enquanto chega à Praça de São Pedro, no Vaticano
Bento XVI refletiu sobre o Tríduo Pascal na Catequese desta quarta-feira, 31, definindo-o como "ponto de apoio de todo o ano litúrgico, em que somos chamados ao silêncio e à oração para contemplar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor".


O encontro aconteceu na Praça de São Pedro, às 10h30min (em Roma - 5h30min em Brasília). "A morte, que, por sua natureza, é o fim, a destruição de toda a relação, torna-se em Jesus ato de comunicação de si, instrumento de salvação e proclamação da vitória do amor", disse o Papa aos milhares de peregrinos.

O Pontífice fez um convite a viver esses dias de modo a orientar "decisivamente a vida de cada um à adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós".

Ao meditar sobre a Quinta-feira Santa como momento fundador da Eucaristia, o Santo Padre citou a Carta de São Paulo aos Coríntios para mostrar a real intenção de Cristo.

"Sob as espécies do pão e do vinho, Ele está presente de modo real, com seu corpo doado e seu Sangue derramado como sacrifício da Nova Aliança. Ao mesmo tempo, Ele constitui os Apóstolos e seus sucessores ministros deste sacramento, que ele dá a sua Igreja como a prova suprema do seu amor".

Bento XVI concluiu sua reflexão desejando que o Tríduo Pascal seja oportunidade para todos serem inseridos mais profundamente no Mistério de Cristo, desejando a todos uma santa Páscoa.

Veja:

Catequese de Bento XVI 

 na Quarta-feira Santa

 2010

Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de CN Notícias)



Queridos irmãos e irmãs,


estamos vivendo os dias santos, que nos convidam a meditar os eventos centrais da nossa Redenção, o núcleo essencial da nossa fé. Amanhã começa o Tríduo Pascal, fulcro [ponto de apoio] de todo o ano litúrgico, em que somos chamados ao silêncio e à oração para contemplar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.


Nas homilias, os Padres fazem, muitas vezes, referência a esses dias que, como observa Santo Atanásio em uma das suas Cartas Pascais, introduzem-nos "naquele tempo que nos faz conhecer um novo início, o dia da Santa Páscoa, em que o Senhor se imolou" (Lett. 5,1-2: PG 26, 1379).


Vos exorto, portanto, a viver intensamente estes dias, a fim de que orientem decisivamente a vida de cada um à adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós.


A Santa Missa Crismal, prelúdio matutino da Quinta-feira Santa, verá, amanhã pela manhã, reunidos os sacerdotes com o seu bispo. No curso de uma significativa celebração eucarística, que acontece geralmente nas Catedrais diocesanas, serão abençoados o Óleo dos enfermos, dos catecúmenos e do Crisma. Além disso, o Bispo e os Sacerdotes renovarão as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da Ordenação. Tal gesto assume, neste ano, uma importância toda especial, porque se encontra no âmbito do Ano Sacerdotal, que proclamei para comemorar o 150º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars. A todos os sacerdotes, desejo repetir o auspício que formulei na conclusão da Carta de proclamação: "A exemplo do Santo Cura d’Ars, deixai-vos conquistar por Ele e sereis também vós, no mundo atual, mensageiros de esperança, de reconciliação, de paz".


Amanhã à tarde, celebraremos o momento fundador da Eucaristia. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, confirmava os primeiros cristãos na verdade do mistério eucarístico, dizendo-lhes o que ele próprio havia aprendido: "O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, quando ele tinha dado graças, partiu e disse: "O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: 'Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim" (1 Cor 11, 23-25). Essas palavras mostram claramente a intenção de Cristo: sob as espécies do pão e do vinho, Ele está presente de modo real, com seu corpo doado e seu Sangue derramado como sacrifício da Nova Aliança. Ao mesmo tempo, Ele constitui os Apóstolos e seus sucessores ministros deste sacramento, que ele dá a sua Igreja como a prova suprema do seu amor.


Com sugestivo rito, recordaremos, além disso, o gesto de Jesus que lava os pés dos Apóstolos (cf. Jo 13, 1-25). Tal ato torna-se, para o evangelista, a representação de toda a vida de Jesus e revela o seu amor até o fim, um amor infinito, capaz de habilitar o homem à comunhão com Deus e de libertá-lo. Ao fim da liturgia da Quinta-Feira Santa, a Igreja deposita o Santíssimo Sacramento em um local especialmente preparado, que está a representar a solidão do Getsêmani e a angústia mortal de Jesus. Diante da Eucaristia, os fiéis contemplam Jesus na hora da sua solidão e rezam para que cessem todas as solidões do mundo. Esse caminho litúrgico é, também, convite a buscar o encontro íntimo com o Senhor na oração, a reconhecer Jesus entre aqueles que estão sozinhos, a vigiar com ele e a saber proclamá-lo como luz da própria vida.


Na Sexta-feira Santa, faremos memória da paixão e morte do Senhor. Jesus quis oferecer a sua vida em sacrifício para a remissão dos pecados da humanidade, escolhendo para esse fim a morte mais cruel e humilhante: a crucificação. Existe uma conexão indissociável entre a Última Ceia e a morte de Jesus. Na primeira, Jesus dá o seu Corpo e o seu Sangue, ou seja, a sua existência terrena, a si mesmo, antecipando a sua morte e transformando-a em um ato de amor. Assim, a morte, que, por sua natureza, é o fim, a destruição de toda a relação, torna-se nele ato de comunicação de si, instrumento de salvação e proclamação da vitória do amor. Desse modo, Jesus revela a chave para compreender a Última Ceia, que é antecipação da transformação da morte violenta em sacrifício voluntário, em ato de amor que redime e salva o mundo.


O Sábado Santo é caracterizado por um grande silêncio. As Igrejas são despidas e não são previstas liturgias particulares. Neste tempo de espera e esperança, os crentes são convidados à oração, à reflexão, à conversão, também através do sacramento da Reconciliação, para poder participar, intimamente renovados, da celebração da Páscoa.


Na noite do Sábado Santo, durante a solene Vigília Pascal, "mãe de todas as vigílias", tal silêncio será quebrado pelo canto do Aleluia, que anuncia a ressurreição de Cristo e proclama a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte. A Igreja se alegrará no encontro com o Senhor, entrando no dia da Páscoa, que o Senhor inaugura ressurgindo dos mortos.


Queridos irmãos e irmãs, preparemo-nos para viver intensamente este Tríduo Santo, já iminente, para sermos sempre mais profundamente inseridos no Mistério de Cristo, morto e ressuscitado por nós. Acompanha-nos, nesse itinerário espiritual, a Virgem Santíssima. Ela, que segue Jesus na sua paixão e esteve presente sob a cruz, nos introduza no mistério pascal, para que possamos experimentar a alegria e a paz do Ressuscitado.


Com esses sentimentos, compartilho agora os mais cordiais desejos de santa Páscoa a todos vós, estendendo-os às vossas comunidades e todos os seus entes queridos.





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Feliz Semana Santa pra todos nós!!!
Lusmar Paz
Ministro da Eucaristia - Paróquia da Imaculada Conceição de Aracoiaba.
Aracoiaba-CE. 






segunda-feira, 29 de março de 2010

Terça-Feira Santa,30 de Março: Liturgia Diária - Comentário Explicativo do Dia,Leitura, Salmo, Evangelho e a Explicação do Evangelho. - Réplica do Santo Sudário é exposta em Curitiba - Homilia: Missa- 5º Ano de Falecimento do Papa João Paulo II.


ESPECIAL "SEMANA SANTA"

 A paixão de Jesus por nós! 

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DIA 29 – TERÇA-FEIRA SANTA

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  Pesquisas: 

Apostila - Como entender, preparar e vivenciar os Atos Litúrgicos da Semana Santa, 2007, Lusmar Paz; 

Livro - Semana Santa - Anos A,B,C, 1988,Paulus; 

Livreto - Liturgia Diária, 2010, Paulus.

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Alberto Lourenço é o mais novo seguidor deste blog .
Seja muito bem-vindo meu irmão, à família do blog lusmarpazleite.
Deus lhe abençoe!!!

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A semana Santa 

é o ponto alto do Ano Litúrgico.
Começa a ser preparada na Quaresma. Drante os 40 dias de escuta da Palavra de Deus, confronto da vida, arrependimento dos pecados, penitência e conversão, a Igreja convida-nos a entrar no caminho de Jesus, com seus discípulos e discípulas.
A Semana Santa abre-nos a porta do discipulado. A pedra é retirada, somos libertados do túmulo do pecado e entramos com Cristo na liberdade da ressurreição.

A espiritualidade da Semana Santa perpassa o Domingo de Ramos e da Paixão, o Sacramento da Reconciliação, a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira da Paixão, o Sábado de Aleluia, a Vigília Pascal e o Domingo da Ressurreição, e leva-nos a ouvir a voz de Jesus que ressoa nos Evangelhos, dirigida a seus discípulos e discípulas de todos os tempos: "Chamo-vos amigos porque vos comuniquei tudo o que recebi do Pai" (Jo 15,15)

Terça-feira Santa - Dinheiro: amor ou traição?



A traição de Judas é capítulo indispensável da paixão de Cristo. É o que a liturgia coloca nesta terça-feira da Semana Santa. E, de novo, o dinheiro integra o cenário desta traição.

Diz o Evangelho que o Mestre estava perturbado diante da iminência da traição. Partilha esses sentimentos com seus discípulos. Pois o contexto era de intimidade, de amizade, de confiança: uma refeição. Tanto mais destoava a traição, pois vinha de um amigo, e usava as aparências da amizade para se perpetrar.

Observa o Evangelho que Judas pôde sair tranqüilo da sala, e partir para a traição, aparentando as boas intenções do seu ofício: como encarregado do dinheiro, todos pensavam que ele fosse "comprar o que precisavam para a festa, ou dar alguma coisa para os pobres".

Para isto serve o dinheiro: para a festa da vida, e para ajudar os pobres.

Nada mais comovente do que ver a alegria dos pobres partilhando o pouco que possuem. As festas dos pobres são bonitas. Com seus parcos recursos, multiplicam a alegria da convivência, da acolhida mútua, da descontração, da alegria de viver. Parece o milagre da multiplicação dos pães: a carência de todos se transforma em surpreendente abundância, e resulta que todos se saciam, e ainda sobre alguma coisa.

Na casa do pobre sempre há lugar para mais um. Quando chega o visitante, é bem acolhido, é convidado à mesa, e ninguém se preocupa se a comida será suficiente.

Com um pouco de dinheiro dá para multiplicar o amor. Aí o dinheiro se transforma em vida e em alegria. Ele fica abençoado. Ele atinge sua finalidade.

O dinheiro que caía na bolsa de Judas deveria servir ao amor. O drama é que o dinheiro está tão perto da traição, quando passa a ser objeto de cobiça. Aí ele perde sentido, e leva para a perdição.

Viver a Páscoa é recolocar o dinheiro a serviço da vida e do amor.

Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira
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Comentário Inicial da Santa Missa - Terça-feira Santa
Desde o princípio, somos chamados a uma missão que se prolonga por toda a vida; porém muitas vezes traímos a expectativa de Deus e caminhamos no lado oposto da sua resposta.
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Oração do Dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da paixão do Senhor, que possamos alcançar vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
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Leitura 

Primeira leitura (Isaías 49,1-6)

Comentário da Leitura:
 Escutando no segundo cântico do Servo Sofredor o relato de sua missão universal, vamos renovar nesta Páscoa a dimensão aberta e universal de nosso compromisso libertador.
Eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra. (segundo canto do Servo do Senhor).
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Leitura do Profeta Isaías.

1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”.
4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus dará recompensa”. 5E agora me diz o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória.
6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.

Palavra do Senhor! Graças a Deus!
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  Salmo (Salmos 70)

— Minha boca anunciará vossa justiça.
— Minha boca anunciará vossa justiça.

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse. Desde o seio maternal, o meu amparo.
— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.
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EVANGELHO 

Comentário do Evangelho: 
A Judas Jesus faz a honra do pão molhado, sinal de distinção afetiva. Tenta ainda mudar seu coração. A Pedro adverte da tentação à qual ele está exposto. Que Jesus nos dê a graça de participar da sua ceia de modo fiel e sem traições nem negação de nossa adesão a ele.
 

Evangelho (João 13,21-33.36-38)



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando.

23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?”

26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”.

28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite.
31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”.

36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
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EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO 


Um amor traído*

Postado por: padrepacheco


A passagem evangélica de hoje, com o anúncio da traição de Judas e da futura negação de Pedro, situa-se nas preliminares da celebração da Ceia Pascal. Jesus está reunido com os Seus discípulos. Acabado o lava-pés, passa a anunciar-lhes a traição de um deles. A perplexidade invade o grupo. O discípulo amado, João, por indicação de Pedro, pergunta ao Mestre quem é o traidor. “Aquele a quem eu der o pão umedecido no molho. E umedecendo o pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Depois do pão entrou nele satanás”.

Aquele oferecimento do pão, feito por Jesus a Judas, não deixaria de ser um sinal de distinção, como convidando-o a retificar os seus planos homicidas e a reaver uma amizade rompida pela sua ambição e ressentimento. Tudo foi inútil. Judas rejeitou definitivamente o amor de Jesus. Então, Cristo disse-lhe: “O que tens a fazer, faça-o depressa”.

Quando Judas saiu da sala era de noite, fala João com intenção simbólica. O traidor é um exemplo das trevas sobre as quais brilhou em vão a luz, segundo diz o prólogo de São João. Judas é o que ama as trevas mais que a luz, porque as suas obras eram más. Chegou a noite predita por Jesus, a do poder das trevas. Mas a longa noite que então se abateu sobre a terra terá a sua aurora no primeiro dia da Ressurreição do Senhor.

Os apóstolos não entenderam a que se referia Jesus com a Sua glorificação, mas algo de surpreendente suspeitavam quando Pedro lhe pergunta: “Senhor, para onde vais?… darei a minha vida por ti. Jesus respondeu-lhe: Darás a tua vida por mim? Em verdade te digo que não cantará o galo sem que me tenhas negado três vezes”. Os discípulos não podem seguir Cristo no Seu caminho para a morte; não estão ainda preparados. O silêncio adensa-se. Jesus já pode começar Seu discurso de despedida.

Dois homens que falham: Judas e Pedro. Mas o seu pecado tem origem diversa: num é a avareza que odeia, no outro, a debilidade que ama. E o final deles é muito diferente: Judas  se  desespera e Pedro arrepende-se. Naturalmente, o que amava conhecia Jesus melhor do que o que odiava.

Nem o plano traidor de Judas nem a generosidade impetuosa e frustrada de Pedro influirão no desígnio que já está marcado pelo Pai e aceito por Jesus. Ele tinha dito: “Por isso o meu Pai me ama: porque eu entrego a minha vida para a poder recuperar. Ninguém me tira, mas sou eu que a entrego livremente”. E na ceia comentou: “Ninguém tem maior amor que o que dá a vida pelos seus amigos”. Essa é a missão de Jesus e do cristão: amor que dá vida aos outros.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
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Réplica do Santo Sudário é exposta em Curitiba


Santo Sudário
Imagem do negativo fotográfico do manto vista pela primeira vez na noite de 28 de maio de 1898

Pela primeira vez na América Latina, acontece uma exposição científica sobre o Santo Sudário - o lençol de linho que, segundo a tradição, cobriu o corpo de Jesus Cristo após sua morte e que conserva Sua imagem gravada no tecido.


A exposição "Quem é o Homem do Sudário" acontece no Palladium Shopping Center de Curitiba (PR) e vai até o dia 30 de junho.


A iniciativa é de um grupo de empresários da cidade, que patrocinou a vinda das peças e, após a exposição, doará o material à Arquidiocese de Curitiba.


Segundo a assessora da mostra, Paula Batista, todos os estudos feitos até hoje no Santo Sudário - o último foi em 2006, com o holograma - serão apresentados na exposição.


O público poderá ver o fac-símile (reprodução fiel) do Sudário que está em Turim, na Itália, as réplicas dos flagelos, da coroa de espinhos e dos pregos feitos em Israel, assim como os hologramas, em tamanho natural da imagem, produzidos pelo cientista holandês Petrus Soons, além de ilustrações, painéis e infográficos que explicam, de forma dinâmica, os resultados do estudo sobre o tema.


Também estão na exibição moedas originais da época de Pôncio Pilatos e uma estátua de bronze que reproduz a posição em que o Homem do Sudário se encontrava quando a imagem foi produzida no pano.


A assessora conta que o Arcebispo de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti, visitou a exposição no domingo e deu sua benção. Ela explica ainda que já se pensa na possibilidade de levar a mostra para outros lugares do Brasil, mas não há nada confirmado, pois a exposição conta com algumas peças muito pesadas, principalmente a estátua, que é a réplica do tamanho original, e para isso será preciso estudar melhor a logística para que isso aconteça. 


O ingresso para a exposição custa R$ 5,00. Estudantes, professores, idosos e doadores de sangue pagam meia-entrada e crianças com menos de 10 anos não pagam. Mais informações no site www.homemdosudario.com.br.


O verdadeiro Santo Sudário está na Catedral de Turim, na Itália, e depois da restauração, feita em 2002, será exposto ao público de 10 de abril a 23 de maio deste ano. O Papa Bento XVI irá a Turim, no dia 2 de maio, para vê-lo de perto.
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Missa - 5º Ano do Falecimento de João Paulo II

João Paulo II se doou sem reservas, diz Bento XVI em Missa


Da Redação, com Rádio Vaticano



Reuters
A vida de João Paulo II ''é também um grande chamado a sermos fiéis testemunhas da fé, da esperança e do amor''
Toda a vida do Venerável João Paulo II foi vivida "na capacidade de se doar de modo generoso, sem reserva, sem medida, sem cálculo", disse o Papa Bento XVI, nesta segunda-feira, 29, na Missa em sufrágio pelo 5º aniversário de morte de João Paulo II, celebrada na Basílica São Pedro, no Vaticano. O saudoso Papa faleceu no dia 2 de abril de 2005, mas este ano a data coincide com a Sexta-feira Santa, motivo pelo qual a Missa foi antecipada.

.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI

O Pontífice agradeceu a todos os presentes, em especial ao Arcebispo de Cracóvia Stanislao Dziwisz – ex-secretário pessoal de João Paulo II – aos bispos, aos sacerdotes, aos religiosos e religiosas; como também aos peregrinos vindos da Polônia, os muitos jovens e os numerosos fiéis que desejaram participar da Celebração.

Comentando a liturgia de hoje onde, na primeira leitura, o profeta Isaías apresenta a figura de um "Servo de Deus", que é ao mesmo tempo o seu eleito, no qual se compraz, Bento XVI afirmou que o que o profeta inspirado disse do Servo, podemos aplicar a João Paulo II:

"O Senhor o chamou ao seu serviço e, ao confiar-lhe tarefas de grande responsabilidade, também o acompanhou com a sua graça e com a sua contínua assistência. Durante o seu longo Pontificado ele se empenhou em proclamar o direito com firmeza, sem fraquezas ou dúvidas, sobretudo quando devia enfrentar resistências, hostilidades e rejeições. Sabia que o Senhor o segurava pela mão, e isso lhe permitiu exercer um ministério muito fecundo, para o qual, mais uma vez, rendemos fervorosas graças a Deus."

Em seguida, referindo-se à proclamação do Evangelho, no qual Lázaro, Marta e Maria oferecem um jantar ao Mestre, o Papa quis chamar a atenção para um gesto singular: Maria de Betânia “pegou 300 gramas de perfume de puro nardo, tão precioso, e derramou nos pés de Jesus, depois enxugou com os seus cabelos”.

Santo Agostinho – observou Bento XVI – no Sermão no qual comenta esse trecho evangélico, dirige a cada um de nós, com palavras duras, o convite a entrar neste circuito de amor, imitando o gesto de Maria e colocando-se concretamente no seguimento de Jesus. Escreve Agostinho:

“Cada coração que deseja ser fiel, se une a Maria para ungir com precioso perfume os pés do Senhor... Unge os pés de Jesus: segue as pegadas do Senhor levando uma vida digna. Enxuga-lhe os pés com os cabelos: se você tem algo de supérfluo dê aos pobres, e você terá enxugado os pés do Senhor.”

Caros irmãos e irmãs – prosseguiu – "toda a vida do Venerável João Paulo II é vivida no sinal desta caridade, da capacidade de se doar de modo generoso, sem reserva, sem medida, sem cálculo. O que o movia era o amor por Cristo, a quem havia consagrado sua vida, um amor superabundante e incondicional.

Ao saudar os poloneses presentes na celebração, o Santo Padre frisou:

"A vida e a obra de João Paulo II, grande polonês, pode ser para vocês motivo de orgulho. Precisa, porém, que vocês recordem que a sua vida é também um grande chamado a sermos fiéis testemunhas da fé, da esperança e do amor, que ele nos ensinou ininterruptamente. Por intercessão de João Paulo II os sustente sempre a bênção do Senhor."

Concluindo, Bento XVI ressaltou: "Enquanto prosseguimos a celebração eucarística nos aproximamos para viver os dias gloriosos da paixão, morte e ressurreição do Senhor, confiando-nos com fé, seguindo o exemplo do Venerável João Paulo II, à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, para que nos sustente no compromisso de sermos, em todas as circunstâncias, apóstolos incansáveis de seu Filho Divino e de seu amor misericordioso."

Durante a oração dos fiéis foi recordado o serviço prestado pelo Papa João Paulo II à Igreja "até o extremo limite das suas forças... testemunhando a fé em Deus e o amor para com todos".


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Uma Feliz Semana Santa para todos nós!!!
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SEGUNDA-FEIRA SANTA 
Dia 29 de Março



Liturgia Diária - Segunda-feira Santa
Estes três primeiros dias feriais da Semana Santa são marcados pela preparação mais imediata da Páscoa. A liturgia usa o método vivo e envolvente da quase reconstituição dos acontecimentos que o Senhor viveu nesses últimos dias de sua vida terrena.
O Evangelho de hoje reflete acerca de um momento de descanso de Jesus na casa de uma família muito estimada por Ele. Na casa dos amigos Lázaro – a quem tinha ressuscitado -, Marta e Maria. Essa amizade sincera é um alívio para o Senhor em meio ao ódio dos inimigos d’Ele, como víamos nos dias anteriores. Os adversários não desistem de seu empenho, dado que a ressurreição de Lázaro era fato que falava por si só do poder divino de Cristo.

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Comentário Inicial da Santa Missa - Segunda-feira Santa

Com o início da Semana Santa, podemos vivenciar mais intimamente o clima de amor e penitência na comunidade. No decorrer destes dias, somos convidados a contemplar de maneira intensa os últimos passos de Jesus e seguir seu exemplo de vida.

Oração do dia
Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela paixão do vosso Filho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Comentário – Leitura
O verdadeiro servo de Deus, compassivo e fiel, não se deixa abater pelas adversidades, pois foi ungido para superar qualquer obstáculo.
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Leitura (Isaías 42,1-7)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
1“Eis o meu servo — eu o recebo; eis o meu eleito — nele se compraz minh’alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas.
3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”.
5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Salmo Responsorial  26(27)
— O Senhor é minha luz e salvação.
— O Senhor é minha luz e salvação.

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
— Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem.
— Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
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Evangelho (João 12,1-11)



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela.
7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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Explicação do Santo Evangelho

Jesus em Betânia*

 

O Evangelho de hoje reflete acerca de um momento de descanso de Jesus na casa de uma família muito estimada por Ele. Na casa dos amigos Lázaro – a quem tinha ressuscitado -, Marta e Maria. Essa amizade sincera é um alívio para o Senhor em meio ao ódio dos inimigos d’Ele, como víamos nos dias anteriores. Os adversários não desistem de seu empenho, dado que a ressurreição de Lázaro era fato que falava por si só do poder divino de Cristo.

Faltavam seis dias para a Páscoa. Enquanto estavam a jantar, Maria tomou um vaso de nardo, autêntico e caro, ungiu Jesus nos pés e enxugou-os com seus cabelos. E a casa encheu-se da fragrância do perfume. Tal gesto é criticado por Judas Escariotes, alegando hipocritamente que o dinheiro que valia o perfume poderia ter sido dado aos pobres. O seu valor calculado, trezentos denários, era o salário anual de um trabalhador. 

Realmente um desperdício, segundo Judas. Mas não é que lhe importassem muito os pobres, adverte o evangelista; se o disse foi porque era ladão, e como tinha a bolsa levava o que lá iam pondo. Jesus ignorou a crítica e, saindo em defesa de Maria.

Ao narrar este mesmo episódio, o evangelista Marcos é mais explícito e põe na boca de Jesus, ao justificar o esbanjamento da unção, estas palavras: “Antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Asseguro-vos que em qualquer parte do mundo onde se proclame o evangelho, se recordará o que ela fez”. Cristo entendeu o pormenor afetuoso e o seu significado mais profundo como anúncio da Sua própria morte, sepultura e ressurreição. O aroma que enche a casa adianta já a fragrância do amanhecer do domingo da Páscoa.

Como Nosso Senhor Jesus Cristo, nós também fomos ungidos no dia do nosso batismo, que nos incorporou na Sua morte e ressurreição. A Páscoa aproxima-se, e na Vigília Pascal renovaremos a nossa fé e promessas batismais. No batismo fomos submersos e sepultados com Cristo para morrer para o pecado, e também com Ele nascemos para a vida nova de Deus, como filhos d’Ele, membros de Cristo e da Igreja e irmãos de todos os homens. A renovada fragrância do batismo deve encher toda a nossa vida.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
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Deus seja louvado por esse nosso trabalho de evangelização catequética!!
Nosso beijo filial à Virgem Maria por sua poderosa intercessão!!!
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Turma amiga,
Não deixe de participar dos Atos Litúrgicos da Semana Santa na Igreja de sua Paróquia!!!
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Feliz "Semana Santa para todos nós!