Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



quinta-feira, 1 de abril de 2010

Especial: Sexta-feira Santa.




Caríssimos leitores e seguidores deste blog.
Estamos preparando a matéria sobre o Sábado Santo e sua Vigília Pascal. A qualquer momento estaremos postando as novidades pascais.
Obrigado,
Lusmar Paz.
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ESPECIAL
SEMANA SANTA
“Sexta-feira Santa 
da Paixão do Senhor”
_____ + + + ____ 
(Dia de Jejum e Abstinência)
A Sexta-feira Santa é para o povo cristão dia de penitência e até de tristeza.
Entretanto, a Sexta-feira Santa não é considerada pela liturgia como dia de luto e de pranto, mas dia de amorosa contemplação do sacrifício cruento de Jesus, fonte da nossa salvação. Hoje, a Igreja não faz um funeral, mas celebra a morte vitoriosa do Senhor. Por isso, fala de "bem-aventurada" e "gloriosa paixão".
Nestas Sexta-feira Santa, celebramos a morte de Jesus como passagem necessária para a ressurreição; é uma lembrança cheia de esperança e da certeza da vitória.É um dia centrado na cruz, não com ar de tristeza, mas de comemoração, uma vez que Cristo Jesus, como Sumo Sacerdote, em nome de toda a humanidade se entregou voluntariamente à morte  para salvar a todos nós.
No dia de hoje, não há Missa em  nenhuma Igreja. O Ato Litúrgico principal da sexta-feira é a celebração da Paixão do Senhor, à tarde. É uma cerimônia simples e silenciosa, durante a qual se propõe a meditação dos fiéis a Paixão do Senhor , proclamada com solenidade toda particular.
As leituras desse dia mostram a coragem com que Cristo enfrenta a dor e a morte. No fim, faz-se o oração pelas necessidades materiais e espirituais de toda a humanidade.
Após a Oração Universal, o sacerdote convida para a veneração à Santa Cruz, que simboliza a Paixão de Cristo e seu amor infinito por nós.
Terminada a adoração da cruz, reza-se o Pai Nosso como preparação para a Comunhão. Como nesse dia não há propriamente missa, as sagradas partículas distribuídas no momento da comunhão são trazidas do altar da reposição ou altar do Santíssimo , onde foram consagradas durante a Missa da Quinta-feira Santa.
Após a Comunhão, termina a cerimônia desse dia, cada um  tem a oportunidade de se unir intimamente ao Senhor que deu a vida por nós.
A LOUCURA DE AMOR POR NÓS!
Nossos sofrimentos não se aproximam do que Jesus sofreu por nós.
Paulo diz que por maiores que sejam nossos sofrimentos, nunca chegaremos ao que Jesus sofreu, ao morrer por nós. Paulo foi o primeiro a compreender que é justamente na cruz que se manifesta a imensidão do amor de Deus. De fato, quem ama muito  uma pessoa é capaz de dar a própria vida por ela. Uma mãe vê um filho doente, sofrendo dores, ou às portas da morte, e anseia por assumir aquela doença, ou até morrer em lugar do filho, a fim de salvá-lo. Não foi isso que Jesus fez por nós?
Pode-se dizer que Deus provou seu amor e sua solidariedade, passando por tudo o que nós passamos: a dor e a morte. Isso é como se Jesus dissesse a cada ser humano: "Eu entendo você. Estou com você pra tudo. Eu sei o quanto você está sofrendo, porque eu também passei por isso." Se ele não tivesse sofrido, como poderia consolar-nos na dor?
Se Deus Pai não tivesse visto seu Filho amado morrer na Cruz, como poderia consolar o coração de  um pai, de uma mãe que perde seu filho, uma filha? Ao passar pela mesma experiência, Deus pode dizer a quem perde um ser amado: "Eu estou com você, estou ao seu lado, entendo sua dor, porque eu também vi meu filho morrer a pior morte, a mais dolorosa, a mais humilhante morte que poderia existir".
Essa é a loucura da Cruz, de que fala o Apóstolo Paulo. Uma pessoa apaixonada faz qualquer loucura e não mede sacrifícios e riscos, para agradar o ser amado. É o que Deus faz por nós.
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LITURGIA DIÁRIA

 Celebração da Paixão
do Senhor!!!

1ª Parte: 

Liturgia da Palavra

Comentário Inicial da Cerimônia da Paixão do Senhor:
Irmãos e irmãs, Jesus abraçou a cruz por fidelidade à missão que o Pai lhe confiou. Nesta celebração unimo-nos a Jesus, servo sofredor, e acompanhamos seus passos rumo à morte. O despojamento e o silêncio dão o tom da celebração, que consta de três partes:
1.     Liturgia da Palavra (incluindo-se a Oração Universal)
2.     Apresentação e Adoração da Cruz
3.     A Comunhão

Primeira leitura (Isaías 52,13—53,12)


Livro do Profeta Isaías:

13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo — tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano —, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram.
53,1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse.
3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele.
4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado!
5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura.
6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós.
7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca.
8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras.
10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.
11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.
12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Salmo (Salmos 30)

Sexta-Feira, 2 de Abril de 2010
Paixão do Senhor


— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

— Senhor, eu ponho em vós minha esperança;/ que eu não fique envergonhado eternamente!/ Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,/ porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
— Tornei-me o opróbrio do inimigo,/ o desprezo e zombaria dos vizinhos,/ e objeto de pavor para os amigos;/ fogem de mim os que me vêem pela rua./ Os corações me esqueceram como um morto,/ e tornei-me como um vaso espedaçado!
— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,/ e afirmo que só vós sois o meu Deus!/ Eu entrego em vossas mãos o meu destino;/ libertai-me do inimigo e do opressor!
— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,/ e salvai-me pela vossa compaixão!/ Fortalecei os corações, tende coragem,/ todos vós que ao Senhor vos confiais! 

Segunda leitura (Hebreus 4,14-16; 5,7-9)

Sexta-Feira, 2 de Abril de 2010
Paixão do Senhor


Carta aos Hebreus:

Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos.
15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.
5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 
EVANGELHO 

Jesus é condenado à morte 

Jo 19,1-42 (forma abreviada)
ou Jo 18,1-19-42

Aí Pilatos mandou chicotear Jesus. Depois os soldados fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na cabeça dele, e o vestiram com uma capa vermelha. Chegavam perto dele e diziam:
- Viva o rei dos judeus! 
 
E davam bofetadas nele. Aí Pilatos saiu outra vez e disse para a multidão:
- Escutem! Vou trazer o homem aqui para que vocês saibam que não encontro nenhum motivo para condená-lo! 
 
Então Jesus saiu com a coroa de espinhos na cabeça e vestido com a capa vermelha.
- Vejam! Aqui está o homem! - disse Pilatos.
Quando os chefes dos sacerdotes e os guardas do Templo viram Jesus, começaram a gritar:
- Crucifica! Crucifica! 
 
- Vocês que o levem e o crucifiquem! Eu não encontro nenhum motivo para condenar este homem! - repetiu Pilatos.
A multidão respondeu:
- Nós temos uma Lei, e ela diz que este homem deve morrer porque afirma que é o Filho de Deus. 
 
Quando Pilatos ouviu isso, ficou com mais medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
- De onde você é?
Mas Jesus não respondeu nada. Então Pilatos disse:
- Você não quer falar comigo? Lembre que eu tenho autoridade tanto para soltá-lo como para mandar crucificá-lo.
Jesus respondeu: 
 
- O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior.
Depois disso Pilatos quis soltar Jesus. Mas a multidão gritou:
- Se o senhor soltar esse homem, não é amigo do Imperador! Pois quem diz que é rei é inimigo do Imperador! 
 
Quando Pilatos ouviu isso, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado "Calçada de Pedra". (Em hebraico o nome desse lugar é "Gabatá".) Era quase meio-dia da véspera da Páscoa. Pilatos disse para a multidão: 
 
- Aqui está o rei de vocês!
Mas eles gritaram:
- Mata! Mata! Crucifica!
Então Pilatos perguntou: 
 
- Querem que eu crucifique o rei de vocês?
Mas os chefes dos sacerdotes responderam:
- O nosso único rei é o Imperador!
Então Pilatos entregou Jesus aos soldados para ser crucificado, e eles o levaram.
Jesus saiu carregando ele mesmo a cruz para o lugar chamado Calvário. (Em hebraico o nome desse lugar é "Gólgota".) 
 
Ali os soldados pregaram Jesus na cruz. E crucificaram também outros dois homens, um de cada lado dele. - Pilatos mandou escrever um letreiro e colocá-lo na parte de cima da cruz. Nesse letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus". Muitas pessoas leram o letreiro porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. Então os chefes dos sacerdotes disseram a Pilatos:
- Não escreva: "Rei dos Judeus"; escreva: "Este homem disse: Eu sou o Rei dos Judeus". 
 
- O que escrevi escrevi! - respondeu Pilatos.
Depois que os soldados crucificaram Jesus, pegaram as roupas dele e dividiram em quatro partes, uma para cada um. Mas a túnica era sem costura, toda tecida numa só peça de alto a baixo. Por isso os soldados disseram uns aos outros: 
 
- Não vamos rasgar a túnica. Vamos tirar a sorte para ver quem fica com ela.
Isso aconteceu para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem:
"Repartiram entre si as minhas roupas e fizeram sorteio da minha túnica."
E foi isso o que os soldados fizeram.
Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela:
- Este é o seu filho. 
 
Em seguida disse a ele:
- Esta é a sua mãe.
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.
Agora Jesus sabia que tudo estava completado. Então, para que se cumprisse o que dizem as Escrituras Sagradas, disse:
- Estou com sede! 
 
Havia ali uma vasilha cheia de vinho comum. Molharam no vinho uma esponja, puseram a esponja num bastão de hissopo e a encostaram na boca de Jesus. Quando ele tomou o vinho, disse:
- Tudo está completado!
Então baixou a cabeça e morreu. 
 
Um soldado fura o lado de Jesus
Então os líderes judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos que tinham sido crucificados e mandasse tirá-los das cruzes. Pediram isso porque era sexta-feira e não queriam que, no sábado, os corpos ainda estivessem nas cruzes. E aquele sábado era especialmente santo. Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro homem que tinha sido crucificado com Jesus e depois quebraram as pernas do outro. Mas, quando chegaram perto de Jesus, viram que ele já estava morto e não quebraram as suas pernas. Porém um dos soldados furou o lado de Jesus com uma lança. No mesmo instante saiu sangue e água. 
 
Quem viu isso contou o que aconteceu para que vocês também creiam. O que ele disse é verdade, e ele sabe que fala a verdade. Isso aconteceu para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem: "Nenhum dos seus ossos será quebrado." E em outro lugar as Escrituras Sagradas dizem: "Eles olharão para aquele a quem atravessaram com a lança." 
 
Depois disso, José, da cidade de Arimatéia, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. (José era seguidor de Jesus, mas em segredo porque tinha medo dos líderes judeus.) Pilatos deu licença, e José foi e retirou o corpo de Jesus. Nicodemos, aquele que tinha ido falar com Jesus à noite, foi com José, levando uns trinta e cinco quilos de uma mistura de aloés e mirra. Os dois homens pegaram o corpo de Jesus e o enrolaram em lençóis nos quais haviam espalhado essa mistura. Era assim que os judeus preparavam os corpos dos mortos para serem sepultados. 
 
No lugar onde Jesus tinha sido crucificado havia um jardim com um túmulo novo onde ninguém ainda tinha sido colocado. Puseram ali o corpo de Jesus porque o túmulo ficava perto e também porque o sábado dos judeus ia começar logo. 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!!! 
 

Explicação do Evangelho 

Paixão e Cruz de Cristo

Padre Pacheco


A sexta-feira santa é um dia fundado liturgicamente em torno da paixão do Senhor e da sua morte na cruz. Hoje cumpre-se o repetido anúncio de Jesus nos evangelhos sobre a sua morte violenta em Jerusalém. A pergunta é óbvia: por que tinha que ser assim? A resposta mais profunda e válida somente Deus pode dá-la, pois pisamos o terreno insondável da vontade divina e do seu projeto eterno de redenção realizado em Cristo.

Nem Deus Pai nem mesmo Jesus quiseram o sofrimento, a paixão dolorosa e a morte violenta por si mesmas, pois são realidades negativas por si só. A valia da dor, paixão e morte de Cristo radica no significado que recebem de uma finalidade superior: a salvação do homem, a quem Deus ama. Verdade central da nossa fé: tanto amou Deus o mundo que entregou o seu próprio Filho.

Jesus, não obstante, aceita o plano do Pai: não se faça a minha vontade, mas a tua. Este é o motivo e a razão da obediência de Cristo: o querer do Pai, que é a salvação do homem pelo amor que lhe tem. Jesus carrega com a cruz da sua paixão por fidelidade ao Pai e por amor ao homem, isto é, por solidariedade com os seus irmãos. O motivo parece duplo, mas no fundo é único, porque a vontade do Pai é o amor e a salvação do homem.

“Por nós e por nossa salvação”, como dizemos no credo, é a razão teológica que a nossa fé nos descobre para explicar e entender toda a vida de Jesus desde a encarnação à sua paixão, morte e ressurreição. A segunda leitura de hoje afirma: “Cristo, apesar de ser filho, aprendeu, sofrendo, a obedecer. E levado à perfeição, converteu-se para todos os que lhe obedecem em princípio de salvação eterna”.

O mistério da cruz na vida de Jesus – e, portanto, também na nossa – é revelação máxima de amor, pois não há modo mais verídico de expressar o amor do que dar a vida por aqueles a quem se ama. Pois bem, o poema sublime do amor que é a vida, paixão e morte de Cristo pede de nós uma resposta também de amor. “Nós amamos a Deus porque ele nos amor primeiro. Mas se alguém diz: eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso, pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Acreditamos e dizemos que a cruz é o sinal do cristão não por masoquismo espiritual, mas porque a cruz é fonte de vida e de libertação total, como sinal que é do amor de Deus ao homem por meio de Jesus Cristo. O amor que testemunha a sua cruz é a única força capaz de mudar o mundo, se nós que nos dizemos seus discípulos seguirmos seu exemplo.

Jesus poderia ter-nos salvo com triunfo, poder e glória; isto é, a partir de fora, como um super-homem. Mas preferiu fazer a partir de dentro da nossa condição humana; ser mais um, demonstrando-o à base de humildade, serviço, obediência e renúncia, em vez de se impor pela categoria e pelo poder. Este segundo é o nosso estilo. Mas Cristo não veio para que o servissem, mas para servir; por isso, renunciando à alegria imediata, suportou a cruz e a ignomínia.

O Senhor convida-nos a segui-lo na autonegação que nos liberta, abraçando a cruz de cada dia, sempre presente de uma outra forma, e da qual inutilmente tentaremos escapar. Saber sofrer por amor é grande sabedoria. O que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á, disse Cristo. O segredo da cruz de Jesus é o amor, e a única maneira de a entender e convertê-la em fonte de vida é amar generosamente Deus e os irmãos.
Padre Pacheco,

Comunidade Canção Nova.


ORAÇÃO UNIVERSAL
Reza-se :
Pela Santa Igreja
Pelo Papa
Por todas as ordens e por todos os fiéis
Pelos Catecúmenos
Pela Unidade dos Cristãos
Pelos Judeus
Pelos que não creem em cristo
Pelos que não creem em Deus
Pelos Poderes Públicos
Por todos que sofrem provações


 2ª Parte


Adoração da Cruz


Terminada  a Oração Universal, faz-se adoração da Santa Cruz.
Lembremos que não adoramos o objeto material – a cruz -, mas Cristo que a venceu. Honrando sua cruz, agradecemos a Cristo seu amor por nós.
Devemos notar que a expressão “Adoração da Cruz” ode ser ambígua, se não for explicada; de fato, adoramos a pessoa de Cristo crucificado e o mistério que esta morte significa para nós. ( O celebrante, com certeza, explicará essa expressão: adoração da cruz).



Terceira Parte - Comunhão

Embora não haja celebração eucarística, os fiéis podem comungar das hóstias consagradas na missa da Quinta-feira Santa.
Mesmo que seja feita fora da missa, a comunhão é intima união com Cristo que se oferece por nós em sacrifício ao Pai
FELIZ SEXTA_FEIRA SANTA
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ESPECIAL


SEMANA SANTA
“Quinta-feira Santa”
“Ceia do Senhor”
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o mistério da Instituição da Eucaristia.



Na Quinta-feira santa, comemora-se também a Instituição do Sacerdócio Ministerial.
A Instituição da Eucaristia não é um fato isolado, limitado apenas às paredes do Cenáculo e ao grupo dos apóstolos: deverá perpetuar-se a todas as gerações. “Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, proclamais a morte do Senhor”. Aqui nasce a instituição do sacerdócio ministerial. Os sacerdotes, conforme a constituição dogmática sobre a Igreja, “exercem seu ministério sagrado principalmente no culto ou assembleia eucarística, onde, agindo na pessoa de Cristo e proclamando seu mistério, juntam as orações dos fiéis ao sacrifício de Cristo, sua cabeça e, no sacrifício da missa, renovam e aplicam, até a vinda do Senhor, o único sacrifício do Novo Testamento, no qual Cristo, uma vez por todas, se ofereceu ao Pai como hóstia imaculada”. Por isso se diz que hoje é também o dia do sacerdote.
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LAVA - PÉS
 
Lava-pés
Na Quinta-feira Santa, Jesus surpreende so apóstolos com o gesto do lava-pés.
Jesus dá atenção especial a todos e cada um dos apóstolos. Não descarta nenhum deles, nem mesmo Judas, que já havia programado a traição do seu Mestre. Passa lavando os pés de cada apóstolo, expressando um gesto que era tarefa de servos. Mas Jesus é o Senhor que serve, pois, na sua comunidade, o maior é aquele que serve a todos. “Eu vos dei o exemplo – disse Jesus nessa ocasião – para que assim como eu fiz, façais também vós.
Jesus abaixa-se diante de cada apóstolo para lavar-lhe os pés. Esse gesto nos toca profundamente: Deus abaixa-se para erguer o ser humano. Esta lição de humildade deve provocar em nós um sentimento de gratidão a Deus e motivar-nos a valorizar nossos semelhantes.
O lava-pés é gesto de serviço, de doação amorosa ao próximo. Só quem se dispõe a servir generosamente aos irmãos está em condições de participar da Eucaristia. (cf. Semana Santa, preparar e celebrar, pág.18, Pe. Luiz Miguel Duarte, Paulus)
Conta o Evangelho de João que, após lavar e enxugar os pés dos discípulos, Jesus disse: “ Vocês me chamam Mestre e Senhor e eu o sou. Se lhes lavei os pés, vocês devem lavar os pés também uns dos outros.” (cf Jo 13,12-14)
Obs.: Eram os servos e os escravos que se ajoelhavam no chão, retiravam as sandálias, lavavam e secavam os pés dos senhores. Jesus se faz servo e propõe aos discípulos a prática do amor serviçal.

LITURGIA DIÁRIA
SANTA MISSA
Missa Vespertina "na Ceia do Senhor"
(Cor branca, Prefácio da Eucaristia - Oficio próprio)

Esta celebração constitui-se de quatro momentos fundamentais:
1.     Liturgia da Palavra
2.     Lava-pés
3.     Liturgia Eucarística
4. Transladação do Santíssimo Sacramento
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 LEITURAS DA SANTA MISSA

Primeira leitura (Êxodo 12,1-8.11-14 )
Livro do Êxodo:

Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2"Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: 'No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro.. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a 'Passagem' do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 115)

— O cálice por nós abençoado/ é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
— O cálice por nós abençoado/ é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

—Que poderei retribuir ao Senhor Deus/ por tudo aquilo que ele fez em meu favor?/ Elevo o cálice da minha salvação,/ invocando o nome santo do Senhor.
— É sentida por demais pelo Senhor/ a morte de seus santos, seus amigos./ Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,/ mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
— Por isso oferto um sacrifício de louvor,/ invocando o nome santo do Senhor./ Vou cumprir minhas promessas ao Senhor/ na presença de seu povo reunido.

Segunda leitura (1 Cor 11,23-26 )


Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Coríntios:

Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória". 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória". 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até ele que venha.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (João 13,1-15)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + escrito por João.
— Glória a vós, Senhor!

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: "Senhor, tu me lavas os pés?" 7Respondeu Jesus: "Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás".
8Disse-lhe Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!" Mas Jesus respondeu: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo".
9Simão Pedro disse: "Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça".
10Jesus respondeu: "Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos".
11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: "Nem todos estais limpos".
12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: "Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz".

EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO

A CEIA DO SENHOR

Hoje é um dia memorável na vida de uma comunidade cristã. Quinta-feira única no ano litúrgico. Se a Celebração Eucarística é sempre memorial da Morte e Ressurreição do Senhor, hoje o é mais, se é que isso é possível. Durante quarenta dias, preparamo-nos para a Páscoa, que hoje começa com o  Tríduo  Pascal, cujo centro celebrativo é o mistério da redenção humana pela Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. O Tríduo Pascal evidencia a união inseparável que existe entre a teologia da cruz e a teologia da glória, como se representa visivelmente em Jesus Ressuscitado, mostrando aos Seus discípulos os sinais da cruz no Seu Corpo glorioso. Hoje celebramos a instituição da Eucaristia por Jesus na Santa Ceia de despedida dos Seus discípulos, na véspera de Sua Paixão. Tarde cheia de recordações, palavras de despedida, sinais sacramentais e gestos de profundo sabor fraterno.
Entre os temas principais que se destacam na liturgia de hoje: Eucaristia, sacerdócio ministerial e amor fraterno na comunidade cristã, o primeiro e determinante dos outros é a Eucaristia, memorial da Paixão e Morte do Senhor até que Ele volte de novo, e nova Páscoa ou Banquete  Sacrifical do povo cristão, que vem substituir a Ceia Pascal judaica, memorial de libertação.
A Ceia do Senhor é situada por alguns teólogos como o nascimento da Igreja, pois é evidente que o mandato de Jesus: “Fazei isto em memória de mim” origina a repetição da Eucaristia e, portanto, a convocação permanente da assembleia eclesial através dos tempos. Do mesmo modo, esse mandato e desejo de Cristo de repetir a sua Ceia Eucarística é possível na comunidade graças ao ministério sacerdotal dos bispos e presbíteros em continuidade com os apóstolos do Cenáculo.
No decorrer da Última Ceia, Jesus disse aos discípulos: “Resta-me pouco tempo para estar convosco. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. O sinal pelo qual conhecerão que sois meus discípulos será que vos amais uns aos outros”. O amor fraterno ou mandamento de Jesus aparece como sinal visível da comunidade cristã. Será o que a identifica perante o mundo.
Há dois gestos na Ceia do Senhor que apontam o amor fraterno: o ato do Lava-pés dos apóstolos por Jesus e a mesa comum, que se torna Eucaristicamente e, pela primeira vez, o Seu Corpo e o Seu Sangue. Ambos os gestos são expressão de serviço, amor e entrega por parte de Cristo e convite para que nós façamos o mesmo, pois a ambos aplica Jesus o mandato de os repetir em memória e a exemplo d’Ele.
O amor do Senhor não ficou apenas em palavras, nem sequer nestes dois sinais: Eucaristia e Lava-pés, mas passou à ação: Cristo deu a vida pelos Seus amigos e por todos nós. De fato, é o amor o que dá perspectiva e a profundidade de espaço ao quadro da Quinta-feira Santa. Naquela tarde, realizaram-se duas entregas bem diferentes. Jesus dá-se aos amigos na Eucaristia: “Este pão é o meu Corpo, que se entrega por vós; este vinho é o meu sangue, derramado por vós”. A esta doação sem reservas Judas responde com a traição, que o Senhor já conhecia: “Um de vós vai entregar-me”.
Dar-se a si mesmo, como Jesus, ou vender o irmão, como Judas, é o paradoxo que constantemente nos apresenta a vida. A nossa opção de cristãos não pode ser outra a não ser a de Jesus em tal dia como hoje: amar os outros como Ele nos amou.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova



CNBB lamenta campanha para difamar Bento XVI

Da Redação

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressou nesta quarta-feira, 31, sua união ao Papa Bento XVI e à Igreja, diante dos "duros e injustos ataques" que ele têm sofrido.

Durante pronunciamento em todas as TV’s de inspiração católica, o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, lamentou que a imprensa esteja transformando as notícias sobre os abusos sexuais de crianças e adolescentes por parte de pessoas ligadas à Igreja numa campanha difamatória contra o Papa.
Dom Geraldo diz que esses ataques frequentes e sistemáticos a Bento XVI causam perplexidade. É "como se o então Cardeal Ratzinger tivesse sido descuidado diante dessa prática abominável ou com ela conivente. No entanto, uma análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos no escândalo revela a fragilidade dessas acusações", ressaltou.

O bispo recordou a Carta Pastoral de Bento XVI à Irlanda, destacando a firmeza e coragem do Santo Padre em falar dos erros de membros da Igreja e de como não "receou em manifestar seu constrangimento e vergonha diante desses atos que macularam a própria Igreja" e pedir perdão às vítimas.

"O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia este tratamento que fere também grande parte do povo brasileiro que sofre esses momentos difíceis", declarou Dom Geraldo.

Leia a íntegra

O povo católico de todo o mundo acompanha com profunda dor no coração as denúncias de inúmeros casos de abuso sexual de crianças e adolescentes praticados por pessoas ligadas à igreja, particularmente, padres e religiosos.  A imprensa tem noticiado, com insistência incomum, casos acontecidos nos Estados Unidos, na Alemanha, na Irlanda e também no Brasil.

Sem temer a verdade, o Papa Bento XVI não só reconheceu publicamente esses erros de membros da Igreja como também pediu perdão por eles. Disso nos dá testemunho a Carta Pastoral que o Santo Padre enviou aos católicos da Irlanda e que pode se estender aos católicos de todo o mundo. Mais do que isso, Bento XVI não receou manifestar seu constrangimento e vergonha diante desses atos que macularam a própria Igreja.

Firme, o Papa condenou a atitude dos que viram tais casos de maneira inadequada e com determinação afirmou que os envolvidos devem ser julgados pelos tribunais de justiça. Não faltou ao Papa também mostrar a todos o horizonte da misericórdia de Deus, a única força capaz de ajudar a pessoa humana a superar seus traumas e fracassos. Às vítimas, o Papa expressou ter consciência do mal irreparável a que foram submetidas.

Disse o Papa Bento XVI: “Sofrestes tremendamente e nisto sinto profundo desgosto. Sei que nada pode cancelar o mal que suportastes. Foi traída a vossa confiança e violada a vossa dignidade. É compreensível que vos possa ser difícil perdoar e reconciliar-vos com a Igreja. Em seu nome expresso abertamente a vergonha e remorso que todos sentimos”.

Essa coragem do sucessor de Pedro nos coloca em estado de alerta. Meditamos sobre estes atos objetivamente graves e estamos certos de que, como fez o Papa, devem ser enfrentados com absoluta firmeza e coragem. É de se lamentar, no entanto, que a divulgação de notícias relativas a estes crimes, injustificáveis, se transformem  em uma campanha difamatória contra a Igreja e contra o Papa. Deixa-nos particularmente perplexos os ataques frequentes e sistemáticos ao Papa Bento XVI  como se o então Cardeal Ratzinger tivesse sido descuidado diante dessa prática abominável ou com ela conivente. No entanto, uma análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos no escândalo revela a fragilidade dessas acusações. O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia este tratamento que fere também grande parte do povo brasileiro que sofre  estes momentos difíceis.

Ele reza pelas vítimas e seus familiares, pelos culpados, mas também pelas dezenas de milhares de sacerdotes que no mundo todo procuram honrar sua vocação. De fato, a imensa maioria de nossos sacerdotes não está envolvida nessa problemática grave e condenável. Provavelmente, não chega a 1% dos envolvidos, ao contrário os demais 99% dos sacerdotes, de modo geral, são homens de Deus, dignos, honestos e incansáveis em todas as doações de suas energias ao seu ministério, a evangelização em favor do povo, especialmente a serviço dos pobres e dos marginalizados, dos excluídos e dos injustiçados, dos desesperados e sofridos de todo o tipo.

No momento em que a Igreja Católica e a própria pessoa do Santo Papa sofrem duros e injustos ataques, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta sua mais profunda união com  o Papa Bento XVI, sua plena adesão e total fidelidade ao sucessor de Pedro.

A Páscoa de Cristo, que celebramos nesta semana, nos leva a afirmar com o apóstolo Paulo: “Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia. Postos em apuros, mas não desesperançados. Perseguidos, mas não desamparados.  Derrubados, mas não aniquilados. Nossa fé nos garante a certeza da vitória da luz sobre as treva, do bem contra o mal, da vida sobre a morte.” (II Cor 4, 8-9)


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Uma feliz Quinta-feira para todos!!!
 


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