Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"Papel do pai é pré-figurativo de Deus Pai", destaca padre

Jéssica Marçal
Da Redação


Arquivo
'A figura de São José é um exemplo a ser seguido em todos os sentidos para a família católica hoje', destacou padre Arlon
Amar, educar, orientar, repreender quando preciso. Para além do sustento da família, o pai desempenha papel fundamental no ambiente familiar. Este Dia dos Pais, comemorado pelos brasileiros neste domingo, 12, representa a oportunidade de celebrar a vida desses homens que assumem a missão divina de formar cidadãos novos para o mundo. 

Quando opta pelo matrimônio, o homem deve estar ciente das funções que vai exercer além de ser marido, o que, para padre Arlon Costa, da comunidade Canção Nova, inclui a responsabilidade por toda a família. 

“O papel do pai é pré-figurativo de Deus Pai, que nos ama, que cuida de nós, das nossas necessidades. O homem, quando se casa, ele se torna não só marido, mas responsável por sua família, seja pela esposa, seja pelos filhos”.

Mas nos dias atuais, nem todo filho tem a oportunidade de crescer com a presença dessa figura paterna. As mudanças na vivência da sexualidade e a independência cada vez maior do universo feminino são apenas algumas das características da sociedade atual que tornam cada vez mais comum a existência de famílias sem pai. Isso, para padre Arlon, tem reflexo total na sociedade.  

“A falta dessa figura paterna causa a falta de uma referência de pai, que talvez na infância não seja percebida, porque isso vai ser suprido de alguma forma pela mãe, tios e parentes, mas terá um grande impacto na adolescência, quando a criança vai perceber e sentir essa ausência da figura paterna; do carinho, auxílio e educação do pai e isso vai acarretar consequências negativas no futuro daquele filho e daquela filha”.

São José, modelo de pai

Para os católicos, o grande modelo de pai é São José, patrono dos trabalhadores, da Igreja Universal, da justiça e também dos pais. Para falar da importância dessa figura religiosa, padre Arlon lembrou a passagem bíblica que relata a matança de crianças ordenada por Herodes e o importante papel desempenhado por São José nesta ocasião.

“O anjo aparece a São José, dizendo pra ele que Herodes queria matar as crianças e que ele fugisse com Nossa Senhora e com Jesus que tinha acabado de nascer. O anjo poderia aparecer a Nossa Senhora, a outra pessoa, mas veja que belo, o anjo aparece a José porque ele é o pai de família. José assume a proteção da família e foge para o Egito”.

O padre elencou ainda outras características de São José que podem ser herdadas pelos pais que buscam ser exemplo para seus filhos. Ele contou que José era um homem simples, trabalhador, carinhoso, orante e também muito íntimo de Deus. 

“Um homem que sabia colher de Deus as respostas que ele precisava para a família e pra pessoa dele, um homem que amava profundamente Jesus, o seu filho, e tinha um grande amor por sua esposa, Nossa Senhora. A figura de São José é um exemplo a ser seguido em todos os sentidos para a família católica hoje”. 

Com a palavra, o pai

Esse modelo de São José, além de ser ideal para a família, traz valores fundamentais para a caminhada ao longo da vida. Isso é o que pensa o vendedor aposentado Paulo Xavier Pereira, que é pai de três filhos. 

Ele contou que sempre procurou vivenciar a religiosidade em sua família baseando-se na conduta de seus pais. O aposentado acredita que a figura paterna é muito importante para família e exige boa conduta, já que o pai vai ser um sinal na vida do filho.

“Eu, olhando para os procedimentos dos meus pais, comecei desde cedo a freqüentar a Igreja mediante a conduta deles, que sempre frequentaram. Então existe um peso muito grande quando o pai tem a sua religiosidade, procura as coisas de Deus, todo esse procedimento do pai tem uma influência muito grande sobre os filhos”, disse.

Paulo acredita que os filhos precisam se afirmar na vida e aquilo que o pai e a mãe buscam ao longo de sua trajetória deixa uma segurança para os filhos, uma “âncora para que eles, em suas decisões a serem tomadas, busquem sempre a firmeza dos procedimentos que vêm do pai”.

Partilhando sua experiência de pai, Paulo deixou ainda um conselho para os jovens garotos que, um dia, vão assumir essa mesma responsabilidade. “Que eles tenham uma experiência muito particular com Jesus, que é quem realmente dá segurança para eles. Que busquem nos pais, nos catequistas, na Igreja de uma maneira geral, na Palavra de Deus, no Evangelho e na religiosidade a força para que possam vencer as dificuldades”. 


----------------------------

Mais uma vez: campanha eleitoral

Cônego Manuel Manangão
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro



É novamente tempo de eleições. Neste período, acontece uma verdadeira caça ao voto. São promessas, acusações mútuas, alianças entre pessoas que, antes, eram opositoras politicamente. Muitos candidatos se apresentam como se fossem salvadores da pátria. Alguns trazem projetos para quando assumirem o mandato. Outros simplesmente tentam conseguir a simpatia da população, oferecendo benefícios imediatos, que até podem ser necessários, diante da carência em que se encontra nosso povo. Tudo isso deixa o eleitor bastante confuso.



Acesse:

Estamos conscientes da responsabilidade de todos os cristãos em dar ao desafio eleitoral uma resposta à luz da fé. Lembra-nos o Concílio Vaticano II: “Todos os cidadãos se lembrem, portanto, do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto em vista da promoção do bem comum.” (“Gaudium et Spes”, nº75).

Assim, no que toca à sua missão, não compete à Igreja, essencialmente, sugerir uma opção partidária determinada, mas sim conclamar todos os seus leigos, cuja vocação é exatamente a de santificar a realidade temporal, para que cada um assuma suas responsabilidades com empenho e coerência.

Após uma séria reflexão, iluminados pelo Evangelho e pela Doutrina Social que dele decorre, os que votam analisam os projetos anunciados e seguem sua consciência na escolha daquele que mais lhe parece corresponder às propostas que servem ao bem comum.
O voto consciente é um dever. O primeiro passo é examinar os programas dos candidatos, compará-los com os ensinamentos da Igreja, discernir a capacidade efetiva de cada um na concretização daqueles planos de desenvolvimento integral, no respeito pela verdade e na justiça.
O verdadeiro compromisso político inclui a preservação da vida, em todas as suas formas e etapas, desde a concepção no seio materno até a proteção e o apoio na velhice: o aborto, por exemplo, deve ser claramente condenado como oposto à Lei divina e à fundamental dignidade da própria criatura racional.
Toda proposta válida garante uma educação integral, que, ao formar a criança e o jovem, respeite a sua dimensão espiritual e religiosa, necessária para que a cultura contribua eficazmente para o autêntico desenvolvimento.
Somente assim veremos a concretização da democracia, em espírito de corresponsabilidade e de participação de todos os cidadãos, na harmonia da convivência social, em que os inevitáveis conflitos são resolvidos no diálogo e no exato cumprimento da lei por parte de todos.
Continuaremos nas próximas semanas a aprofundar este tema.
* Vigário Episcopal para a Caridade Social

---------------------------------------------------------------- 

Padre explica significados e importância da Santa Missa

Jéssica Marçal
Da Redação


Arquivo
'Não fazer da Eucaristia apenas mais uma oração, mais um compromisso, mas que seja realmente uma celebração do mistério da fé', destacou padre Narci
Muitos católicos têm o hábito de ir à Missa todos os domingos. A afirmação parece comum para os fiéis desta religião, mas, para os mais atentos, traz um pequeno problema: o fato de se tornar simplesmente um hábito. Encarada desta forma, a participação na Santa Missa às vezes acaba sendo um gesto mecânico, o que impede de enxergar as riquezas de cada uma das partes dessa celebração.

A Santa Missa é estruturada basicamente em quatro momentos: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Benção e Ritos finais. No primeiro momento, os fiéis são acolhidos, recebem os celebrantes, pedem perdão a Deus por seus pecados, preparando-se assim para receber a Eucaristia, e glorificam o Senhor. 

Antes de entrar na próxima etapa, a Liturgia da Palavra, a comunidade apresenta a Deus os seus pedidos, a síntese das motivações e sentimentos da Assembleia, a chamada Oração do Dia. “Terminada a oração do dia, a assembleia é convidada a se sentar para acolher a Palavra, agora estamos prontos: perdoados, glorificamos a Deus, fizemos nossos pedidos e agora entramos para a Liturgia da Palavra, vamos ouvir o que Deus tem a nos dizer”, explica o assessor da Comissão para Liturgia da arquidiocese de Aparecida, padre Narci Jacinto Braga. 

O padre explicou que a Liturgia da Palavra visa lançar e preparar o povo para a Oração Eucarística. Ele continuou dizendo que a primeira leitura é sempre retirada do Antigo Testamento e desde então Deus começa a transmitir sua mensagem até chegar o momento em que o próprio Cristo fala: o Evangelho. 

“Há um vínculo muito estreito entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. As duas mesas formam uma unidade, não podemos esquecer também este segredo muito bonito. Alimentamo-nos da Palavra, alimentamo-nos também da mesa eucarística”. 

E na Eucaristia está o verdadeiro mistério da fé cristã, alimento para a alma dos fiéis católicos. “Depois, no final da Missa, nós levamos esta mensagem de Deus já enriquecida pela Eucaristia”.  

Espírito de participação

Embora seja uma celebração tão importante para os católicos, nem todos reconhecem e vivenciam as riquezas da Santa Missa em sua plenitude. Para padre Narci, essa é uma questão de formação da comunidade. “É um grande desafio nosso, como Igreja, trabalhar a formação do nosso povo. Muitos ainda olham a Missa como uma oração a mais e esquecem que ela é o mistério de nossa fé”.

O sacerdote lembrou ainda o beato João Paulo II, que dizia que quando se celebra a Missa, em vez de apenas assisti-la, antecipa-se o céu na Terra. Assim sendo, o padre defende que é preciso realizar uma formação litúrgica sobre a Santa Missa, ou seja, explicar a Missa “parte por parte”. 

“O que falta hoje para nossa Igreja é essa formação. Não é que nós não damos formação, é o nosso povo que não tem disponibilidade de participar dessa formação, aí acontece uma participação meramente formativa, não tem aquele sentido de ir à Missa para louvar, para agradecer, para pedir perdão, como um compromisso, ‘é nosso dever e nossa salvação’, como diz a Oração Eucarística. A Missa é a oração por excelência. Por isso, faltando à Missa nós estamos cometendo uma falha, pecando, porque é o maior momento de render graças a Deus”. 

Ano da Fé

Essa necessidade de formação e reflexão é propícia tendo em vista o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, cuja proposta é justamente fazer com que os cristãos possam redescobrir o sentido da fé católica. Para padre Narci, o primeiro passo para que isto seja alcançado é tomar consciência da importância da Eucaristia.

“Não fazer da Eucaristia apenas mais uma oração, mais um compromisso, mas que seja realmente uma celebração do mistério da fé. Procurar ler um pouco mais, estudar, buscar orientações na paróquia, junto ao pároco, à equipe de celebração e de liturgia”

O padre acrescentou que, acima de tudo, é imprescindível que haja gosto pela celebração, lembrando os fiéis de que a Missa não é só para ser assistida, mas para ser celebrada. “Todos nós celebramos: cantando, rezando, pedindo perdão, louvando a Deus. Por isso que é importante que tenha um cuidado e um carinho especial da equipe celebrativa para que levem o povo a uma celebração”, finalizou. 




Nenhum comentário: