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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Conclave terá 19 Cardeais da América Latina / Conheça todos os 117 Cardeais que participarão do Conclave / Saiba como Castel Gandolfo se prepara para receber Bento XVI / Conheça o Mosteiro Matter Ecclesia, onde Bento XVI irá morar / CTV se prepara para "dia histórico" da despedida de Bento XVI. / Entenda como funciona o Conclave que elege um novo Papa / O Legado de Bento XVI , dedicação à Igreja.

Conclave terá 19 cardeais da América Latina


Gaudium Press


Arquivo
Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, o conclave pode começar no início de março.

De acordo com estatísticas do Colégio Cardinalício publicadas pela Sala de Imprensa da Santa Sé, a América Latina conta com 19 Cardeais que participarão do Conclave que elegerá o próximo Papa.
O maior número de cardeais na América Latina pertence ao Brasil com cinco eleitores. Logo depois vem o México com três e a Argentina com dois. Colômbia, Chile, Venezuela, Honduras, República Dominicana, Cuba, Peru, Bolívia e Equador, possuem um Cardeal em cada um dos países.
Acesse:
.: Todas as notícias sobre a renúncia do Papa Bento XVI
.: Conheça todos 117 cardeais que participarão do Conclave

Os Cardeais latino-americanos que participarão do Conclave são:
Do Brasil: Dom Geraldo Majella Agnello, Arcebispo emérito de Salvador (BA); Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (SP); Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e Arcebispo emérito de Brasília (DF); Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo (SP); Dom Cláudio Hummes OFM, Prefeito emérito da Congregação para o Clero e Arcebispo emérito de São Paulo (SP).
Do México: Dom Juan Sandoval Íñiguez, Arcebispo emérito de Guadalajara; Dom Norberto Rivera Carrera, Arcebispo do México; Dom Francisco Robles Ortega, Arcebispo de Guadalajara.
Da Argentina: Dom Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires; Dom Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.
Da Colômbia: Dom Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá.
Do Chile: Dom Francisco Javier Errázuriz Ossa (Padres de Schoenstatt), Arcebispo emérito de Santiago.
Da Venezuela: Dom Jorge Liberato Urosa Savino, Arcebispo de Caracas.
De Honduras: Dom Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga SDB, Arcebispo de Tegucigalpa.
Da República Dominicana: Dom Nicolás de Jesús López Rodríguez, Arcebispo de Santo Domingo.
De Cuba: Dom Jaime Lucas Ortega y Alamino, Arcebispo de San Cristóbal de La Habana.
Do Peru: Dom Juan Luis Cipriani Thorne, Arcebispo de Lima.
Da Bolívia: Dom Julio Terrazas Sandoval C.SS.R., Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra.
Do Equador: Dom Raúl Eduardo Vela Chiriboga, Arcebispo emérito de Quito.




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Saiba como Castel Gandolfo se prepara para receber Bento XVI


Da Redação, com Rádio Vaticano



Uma cidade recolhida em oração para acolher o Papa que se retira em oração. É assim que se apresentará, aos olhos de Bento XVI, a população de Castel Gandolfo no próximo dia 28 de fevereiro, quando Bento XVI chegar ao Palácio Apostólico, ao final do seu ministério petrino.
Acesse:
.: Todas as notícias sobre a renúncia do Papa Bento XVI .: Conheça o Mosteiro Matter Ecclesia, onde Bento XVI irá morar

“Queremos acolhê-lo, antes de tudo, com a oração, porque sabemos que é um homem de oração e que estará no meio de nós na oração, mesmo se ‘invisível’ do ponto de vista físico. Nos encontraremos às 16 horas do dia 28 de fevereiro e às 17 iniciaremos a oração do Rosário, alternando com pequenas reflexões do Papa", disse o pároco da Igreja de Tommaso da Villanova, em Castel Gandolfo, padre Pietro Diletti.
Com a chegada do Santo Padre, a oração será interrompida e os fiéis irão recepcioná-lo na praça em frente à Igreja. "Estamos mobilizando todo mundo e sabemos que muitos virão de outros lugares. Será, assim, uma grande manifestação de afeto, de estima e de solidariedade pelo Papa".
O padre explica que em outras ocasiões, quando o Pontífice esteve em Castel Gandolfo, teve algumas oportunidades de encontro com ele. Padre Pietro ressalta que Bento XVI “é um homem que se interessa dos pormenores”, pergunta sobre todas as coisas fazendo perguntas precisas, “porque quer respostas precisas”.

“Por exemplo, em relação a um sino que fizemos para ele, ele perguntou em que tom era: era em sol. E assim, com todas as coisas. Isto realmente é muito bonito. Embora eu esteja aqui há pouco tempo – dois anos e alguns meses – fizemos uma amizade e cada vez que ele me via exclamava: ‘Olha, o nosso caro pároco!”. E eu, uma vez, audaciosamente respondi: ‘Oh, o meu caro paroquiano, que nem sempre aparece!”, explicou o sacerdote.
O Papa Bento XVI deixará o Vaticano dia 28 de fevereiro - data em que se inicia o período vacante na Igreja - e ficará hospedado em Castel Gandolfo até o término da reforma no Mosteiro Matter Ecclesia, sua futura residência no Vaticano.



Tags: Igreja renúncia de Bento XVI Castel Gandolfo Bento XVI pontifícia residência Papa noticias cancaonova Canção Nova



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Bento XVI ficará hospedado no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo


Residência oficial de Bento XVI após renúncia


Faltam 9 dias para o fim do seu pontificado

No dia 28 de fevereiro, o Papa se reunirá com o Colégio Cardinalício e, às 17h  (horário de Roma), deixará o Vaticano. Após a oficialização da sua renúncia, Bento XVI segue para o Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, onde ficará hospedado até o término da reforma de sua nova residência, o Mosteiro ‘Madre Ecclesia’.
A conclusão da reforma do mosteiro, que começou em novembro de 2012, está prevista para daqui a dois meses. Nesse tempo, o Pontífice ficará hospedado no Palácio Apostólico.
‘Madre Ecclesia’ foi construído entre 1992 e 1994 e abriga uma capela e uma biblioteca; do jardim, é possível avistar a Cúpula da Basílica de São Pedro.
Residência oficial de Bento XVI após renúncia

A decisão de Bento XVI morar nas proximidades da Basílica do Vaticano é mais uma forma do Santo Padre estar perto do seu sucessor e, assim, demonstrar seu companheirismo e apoio espiritual.
A vida de Joseph Ratzinger (Bento XVI)
Infográfico Trajetória de Bento XVI

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CTV se prepara para "dia histórico" da despedida de Bento XVI



Rádio Vaticano


"O Vaticano II e a comunicação – Uma renovada história entre Evangelho e história": este é o título do livro do novo Diretor do Centro Televisivo Vaticano (CTV), Mons. Dario Edoardo Viganò, apresentado nesta terça-feira, 19, em Roma.

No livro, que inclui um DVD com documentos da época, Mons. Viganò dá amplo espaço ao documento Inter Mirifica, evidenciando que se tratou de um “divisor de águas” na Igreja.

"O Concilio se realizou justamente nos anos em que os meios de comunicação de massa , em especial, a televisão, se difundiram de maneira maciça. A Roma, portanto, chegaram jornalistas e operadores de câmara de todo o mundo para contar o grande evento. O trabalho das televisões, das rádios e dos jornais foi importantíssimo para o Concílio", explicou o Diretor do CTV.

A apresentação do livro foi também a ocasião para falar do momento atual: a renúncia do Papa Bento XVI. "A renúncia de Bento XVI é um ato de governo extraordinário, como o foi a convocação do Concílio Vaticano II por parte de João XXIII. O gesto de Bento XVI produzirá frutos espirituais como o Concílio. Trata-se de um ato de confiar a Igreja a Cristo, em sintonia com as grandes constituições conciliares".

O CTV acompanhará o último dia de pontificado de Bento XVI, 28 de fevereiro, até sua partida de helicóptero para Castel Gandolfo. Segundo o Diretor, será um evento histórico.

Caberá ao CTV também captar as imagens que correrão o mundo do ingresso dos 117 Cardeais eleitores no Conclave, na Capela Sistina, e da “fumaça branca” que anunciará como sinal equivocável o Habemus Papam. No total, serão 26 telecâmaras que documentarão as passagens cruciais do adeus de Bento XVI até a chegada do novo Pontífice.

As transmissões ao vivo serão difundidas através do Vatican player, em colaboração com a Rádio Vaticano. Portanto, quem quiser acompanhar essas fases cruciais para a vida da Igreja, bastará se conectar através da internet.
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Como funciona o Conclave?

Entenda como funciona o Conclave que elege um novo Papa
Conclave é a reunião dos cardeais da Igreja Católica para eleger um novo Papa. A palavra “conclave”, do latim, quer dizer “com chave”, vem do fato de que, antigamente, quando os cardeais que iam eleger um novo Papa ficavam trancados com chave na Capela Sistina, ou outro local, até que um novo Pontífice fosse eleito. Ficavam totalmente sem comunicação com o povo.
Hoje, a eleição do Papa é realizada segundo a Constituição Apostólica UNIVERSI DOMINICI GREGIS (22/02/1996), do Papa Beato João Paulo II, que rege o funcionamento do Conclave e da eleição do novo Pontífice. É um longo documento com 92 parágrafos, o qual pode ser lido no site do Vaticano.
Vejamos os pontos mais importantes do Conclave:
O Conclave é um retiro sagrado, no qual os cardeais eleitores invocam o Espírito Santo para proceder à eleição do Romano Pontífice. O artigo 37 estabelece que o Conclave começará 15 dias depois de vacante a Sé Apostólica, embora o Colégio de Cardeais possa estabelecer outra data, a qual não pode se atrasar mais do que 20 dias da vacante.
Todos os cardeais eleitores ficam hospedados em uma acomodação, na chamada “Domus Sanctae Marthae”, construída na Cidade do Vaticano.
Como funciona o Conclave?
Como funciona o Conclave?
Na parte da manhã e na parte da tarde, são feitas as orações e a celebração das sagradas funções ou preces que se acham indicadas no mencionado “Ordo rituum Conclavis”. Em seguida, há os procedimentos para as eleições. Podem votar e ser votados todos os cardeais com menos de 80 anos de idade. Os cardeais eleitores são obrigados a participar do Conclave e são convocados pelo cardeal mais velho (Decano).
São feitas duas eleições por dia, uma de manhã e outra à tarde, e será eleito o cardeal que, numa dessas eleições, obtiver 2/3 dos votos, considerando presentes todos os cardeais. A eleição é secreta, cada cardeal coloca em uma cédula o nome em quem deseja votar. Três cardeais são escolhidos para fazer a contagem dos votos (os escrutinadores). Conferem, após cada eleição, se o número de cédulas é igual ao de cardeais presentes. Se algum deles for escolhido com 2/3 de votos, estará eleito; se aceitar o cargo, então, é queimada uma fumaça branca no incinerador da Capela Sistina. Se após a segunda eleição do dia não houver ainda um eleito, então, queima-se uma fumaça negra que sai na chaminé da Capela, na Praça de São Pedro. Após cada eleição as cédulas são todas queimadas pelos escrutinadores.
Cada cardeal, ao colocar sua cédula na urna, diz estas palavras em forma de juramento: “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.
Se houver algum cardeal doente que não possa sair de seu quarto, a urna é levada a ele, por três cardeais (os Infirmarii), para que possa votar.
Caso os cardeais não elejam o novo Papa durante três dias de votações, estas serão suspensas durante um dia para uma pausa de oração, de livre colóquio entre os votantes e de uma breve exortação espiritual, feita pelo primeiro dos cardeais da ordem dos cardeais diáconos. Há cardeais de três ordens: diáconos, presbíteros e bispos. Em seguida, recomeçam as votações. Se, após sete escrutínios, ainda não se verificar a eleição, faz-se outra pausa de oração, de colóquio e de exortação, feita pelo primeiro dos cardeais da ordem dos presbíteros. Procede-se, depois, a uma outra eventual série de sete escrutínios. Se ainda não se tiver obtido o resultado esperado, há uma nova pausa de oração, de colóquio e de exortação, feita pelo primeiro dos cardeais da Ordem dos Bispos. Em seguida, recomeçam as votações segundo a mesma forma, as quais, se não for conseguida a eleição, serão sete. (n.74)
Se ainda as votações não tiverem êxito, os cardeais eleitores serão convidados pelo Camerlengo a darem a sua opinião sobre o modo de proceder, e proceder-se-á segundo aquilo que a maioria absoluta deles tiver estabelecido. Todavia, não se poderá deixar de haver uma válida eleição, ou com a maioria absoluta dos sufrágios ou votando somente os dois nomes que, no escrutínio imediatamente anterior, obtiveram a maior parte dos votos, exigindo-se, também nesta segunda hipótese, somente a maioria absoluta.
Durante o Conclave, os cardeais ficam totalmente isolados do mundo, não podendo usar os meios de comunicação (jornal, rádio, televisão, celular, etc.), receber pessoas para visitas, etc. É terminantemente proibido aos cardeais, antes e durante o Conclave, fazer acordo entre si para a eleição de um deles, sob pena de excomunhão “latae sententiae”. O artigo 80, além disso, castiga com excomunhão os cardeais que aceitarem a proposta de uma autoridade civil de propor o veto contra algum cardeal, como acontecia até 1904.
Após a eleição de um dos cardeais, o cardeal Decano pergunta ao eleito: “Aceitas a tua eleição canônica para Sumo Pontífice?” E, uma vez recebido o consenso, pergunta-lhe: “Como queres ser chamado?”. Então, os cardeais eleitores aproximam-se para render homenagem e prestar obediência ao neoeleito Sumo Pontífice. Depois disso, o primeiro dos cardeais diáconos anuncia ao povo, que está à espera, a eleição consumada e o nome do novo Pontífice: “Nuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!” (“Anuncio-vos uma grande alegria: Temos um Papa”), o qual, a seguir, dá a bênção apostólica Urbi et Orbi do pórtico da Basílica do Vaticano.
No Conclave para escolha do sucessor de Bento XVI deverão estar presentes 117 cardeais. O cardeal Camerlengo, que desempenha um papel fundamental no período de vacância, é o cardeal Tarcisio Bertone, nomeado pelo Papa Bento XVI em 4 de abril de 2007. Os cardeais eleitores serão 61 europeus, 19 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 11 asiáticos e 1 da Oceania. O país com o maior número de cardeais, 21, é a Itália. 67 eleitores foram criados por Bento XVI, e os restantes 50 por João Paulo II.
Professor Felipe Aquino Membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”.

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O Legado de Bento XVI

Dedicação à Igreja

O Papa Bento XVI deixa um legado extraordinário à Igreja e ao mundo; uma vida inteira dedicada a ela com todo ardor, humildade e zelo apostólico. Desde padre jovem, participou do Concílio Vaticano II (1963-1965) como assessor teológico de seu bispo. Depois, viveu intensamente sua vida na Alemanha como bispo e cardeal. Foi eleito como um dos únicos sacerdotes da Academia de Ciências do Vaticano.
Durante 25 anos, foi Prefeito da “Sagrada Congregação da Doutrina da Fé” do Vaticano, braço direito do Papa João Paulo II, seu grande amigo. Nessa função, teve de enfrentar as heresias modernas de uma teologia da libertação marxista, empolgada com uma falsa “igreja popular” que nasce do povo e não de Deus e de Seu Filho Jesus. Com firmeza, o então cardeal Ratzinger teve de enfrentar as injustas e maldosas críticas dos falsos profetas apoiados pela mídia secular. Foi obrigado a punir teólogos desviados da “sã doutrina” como Leonardo Boff e Jon Sobrino, estrelas da TL.
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Ele foi um profeta que sempre falou de Deus com a fidelidade e a coragem dos grandes personagens bíblicos. Não teve medo de enfrentar e continuar os erros da teologia da libertação marxista, pedindo aos bispos do Brasil, em 05/10/2010, que a eliminassem de suas dioceses tendo em vista o seu grande perigo para a Igreja e para a fé do povo. Disse: “As suas sequelas, mais ou menos visíveis, feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas.”
O Conclave que o elegeu Papa foi rapidíssimo; os cardeais eleitores entenderam com clareza que não havia outro gigante à altura de substituir João Paulo II no comando da Barca de Pedro.
Logo que assumiu o pontificado, iniciou sua luta contra o que chamou de “ditadura do relativismo”, a qual nega toda verdade e ensina que cada um faz a sua, algo que destrói a família e a sociedade. O Papa é o paladino e arauto da verdade que salva (cf. Catecismo §851). Ele mostrou que o relativismo “mortifica a razão, porque ensina que o ser humano não pode conhecer nada com certeza além do campo científico positivo”.
Bento XVI, de maneira afável, humilde e reservada, com palavras moderadas e profundas, fez um trabalho apostólico fundamental superando as declarações desviadas dos que “querem uma Igreja desestruturada e que pregam uma teologia libertária, bem longe da verdadeira libertação preconizada na Bíblia”, como disse o Cônego José Vidigal.
Aos bispos que ordenou, no último dia dos reis magos, ele deixou claro que a Igreja não vai mudar só para agradar. “A aprovação da sabedoria predominante não é o critério a que nos submetemos. Por isso, a coragem de contrariar a mentalidade prevalecente é particularmente urgente para um bispo. Ele deve ser corajoso.”
Bento XVI “é um dos maiores intelectuais do mundo contemporâneo e tornou-se um dos mais notáveis Pontífices da História da Igreja”, disse o Dr. Ives Gandra Martins.
O Papa deixa-nos três encíclicas fundamentais: Deus caritas est, Spes salvi e Caritas in veritate, que precisam ser estudadas detalhadamente, porque apontam soluções claras para os problemas do mundo moderno. Elas nos mostram o perfeito conhecimento de todos os problemas da realidade mundial a partir do homem, procurando salvar os verdadeiros valores da humanidade.
Bento XVI abriu um diálogo profundo com os intelectuais, especialmente os ateus, com o Programa “Pátio dos Gentios”, levando o debate a eles nas maiores universidades do mundo, buscando quebrar a mentira de que entre a ciência e a fé haja uma dicotomia.
O Papa deixa-nos uma quantidade imensa de excelentes livros, especialmente a série “Jesus de Nazaré”, escrita durante o pontificado, mostrando a realidade histórica de Jesus e a coincidência do Cristo da fé com o da História. Dr. Ives Gandra disse que “talvez tenha sido, em 2 mil anos de história da Igreja, o pontífice mais culto e o que mais escreveu”.
Luana-PAPA
Bento XVI foi um Papa corajoso; não teve medo de enfrentar as acusações injustas que recebeu de ter sido omisso diante dos casos de pedofilia, e agiu com energia para corrigir o problema. Não se curvou diante de tantas blasfêmias contra ele, como a recente e deplorável peça de teatro na PUC de São Paulo (Decapitando o Papa). Por outro lado, não se curvou diante de um feminismo barulhento, também interno à Igreja, e de um modernismo vazio que quis lhe impor a quebra do celibato sacerdotal, a aceitação da ordenação de mulheres e outros erros.
Tal como um novo São Bento de Núrcia, Bento XVI deu início ao reerguimento do Ocidente. O primeiro enfrentou os bárbaros com seus monges cultos e santos espalhados em toda a Europa; o novo Bento enfrentou os “novos bárbaros” que não saqueiam casas e cidades, mas matam as almas e os valores e civilização cristã que tanta luta e sangue custaram dos filhos da Igreja.
Bento XVI soube interpretar e defender o Concílio Vaticano II dos ataques injustos que recebeu tanto dos ultraconservadores que quiseram ver nele as causas dos problemas da Igreja e do mundo, bem como dos avançadinhos ultramodernos que querem ver no Concílio um absurdo “rompimento da Igreja com seu passado”. O Papa soube dar continuidade à “Primavera da Igreja”, a qual o Concílio nos trouxe, como disse João Paulo II. E agora nos deixa o “Ano da Fé” e a proposta de uma nova evangelização.
Mesmo a renúncia de Bento XVI é um legado importante para a posteridade, porque é um gesto de profunda humildade e desapego, corajoso, coerente e fervoroso. Um ato de desprendimento das coisas terrenas, num tempo em que todos se apegam ao poder para se promover, para fazer valer a sua vontade etc. Penso que essa decisão histórica do Papa fará com que outros tenham a mesma coragem de repetir o seu gesto quando isso for necessário.
Professor Felipe Aquino

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