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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Papa diz que teve uma ‘magnífica acolhida em terra carioca’

  • Francisco ficou emocionado com a recepção em sua 

  • chegada ao Rio

  • Nesta terça-feira, o Pontífice não tem agenda e nesta 

  • quarta ele vai para Aparecida




O Papa Francisco acena para as multidão que esperava para vê-lo nas ruas do Centro do Rio
Foto: Urbano Erbiste / Extra



O Papa Francisco acena para as multidão que esperava para vê-lo nas ruas do Centro do Rio Urbano Erbiste / Extra
RIO - Feliz com a recepção que recebeu do povo carioca em sua viagem ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco fez questão de agradecer o carinho recebido no seu primeiro dia no Rio de Janeiro. No começo da manhã desta terça-feira, o Pontífice tuitou que teve uma “magnífica acolhida em terra carioca”.
“Obrigado! Obrigado! Obrigado a vocês todos e a todas as autoridades pela magnífica acolhida em terra carioca”, escreveu Francisco. Mais tarde, o Papa recorreu mais uma vez à rede social para falar que a JMJ é a demonstração de que a Igreja conseguiu manter o espírito jovem. "A Igreja é jovem e, na JMJ, se vê isso muito bem. Que o Senhor sempre nos mantenha, a todos, jovens de coração", afirmou ele.
De acordo com padre Jorgão, paróco da igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, o Papa Francisco celebrou uma missa nesta terça-feira às 7h na capela da residência Assumpção, onde está hospedado. Logo depois, o Pontífice tomou café e se serviu com um sorvete italiano, presente de Jorgão, que é responsável pelo coral que tocou na cerimônia de entrega das medalhas.
O Papa Francisco desembarcou no Rio de Janeiro pouco antes das 16h desta segunda-feira. Na chegada à cidade, o Pontífice teve uma recepção calorosa nas ruas e chegou a ficar preso em um engarrafamento, o que o deixou vulnerável em alguns momentos, disseram especialistas, que criticaram a falta de planejamento e o risco de deixar Francisco em um engarrafamento.
Sempre sorridente, o Papa viajou pela cidade com o carro blindado com a janela aberta e acenou para todos nas ruas do Rio. Em seguida, ele passou pelo Centro do Rio a bordo do papamóvel para delírio de milhares de fiéis.
“Hoje começamos uma semana estupenda no Rio. Que ela seja uma ocasião para aprofundar a nossa amizade em Jesus Cristo!”, tuitou o Pontífice.
Após a passagem pelas ruas, o Papa participou de um evento fechado no Palácio Guanabara com a presença de autoridades como a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. No seu primeiro discurso, Franciscoevitou falar sobre os protestos que vêm acontecendo no Brasil desde o mês passado. Mas se dirigiu aos jovensdizendo que “Cristo bota fé” neles. No voo para o Rio, o Pontífice já revelara a sua preocupação com o desemprego dos jovens no mundo e o que definiu como “cultura do descartável”. Do lado de fora,manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar durante um protesto contra o governador.
Nesta terça-feira. o Papa não tem agenda prevista. Nesta quarta, Francisco seguirá para Aparecida, em São Paulo, para um ato ecumênico. O santuário deve receber 200 mil fiéis.

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Na íntegra, primeiro discurso do Papa Francisco no Brasil – 22/07/13


Cerimônia de boas vindas


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Visita Apostólica do Papa Francisco ao Brasil 
Discurso no Palácio da Guanabara – RJ
Segunda-feira, 22 de julho de 2013
Senhora Presidenta,
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
:: OUÇA discurso na íntegra: 
Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.
Os pais usam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!
Fonte: Boletim da Santa Sé 
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Deus quis que minha primeira viagem fosse ao Brasil, disse o Papa



O catolicismo na América Latina

Os números no Brasil

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